Esse desenhou a própria personagem, e ficou foda!
Segue mais um BG abaixo...
(...)
Nome: Ellen Daros
Idade: 21 Anos
Não sei o dia que nasci, nem mesmo de quem sou filha. Fui adotada ainda bebê por um bom casal. Zarek Daros e Achila Daros. Meu pai Zarek, sempre contava que havia me encontrado dentro uma cesta na porta de sua casa no dia de seu aniversário, como se fosse um presente dos céus. Eu gostava de ouvir aquilo e cresci acreditando nisso... Ele era um exemplo de homem, honrado e justo lutava defendendo terras em nome de nobres Zíngaros. Lembro-me de suas palavras, seu rosto firme e o sorriso de canto de boca, sempre com a mesma fase: “Nunca tenha medo filha, o medo traz as piores coisas a você.”. Já minha mãe ajudava e cuidava dos feridos nas batalhas, era uma mulher de muita sabedoria. Alguns a descriminavam por não ter crença religiosa, mas "que se dane" ela dizia! Era uma mulher de muita vida... Era...
Os anos passaram e meu pai veio a falecer em uma incursão contra os Poitainianos, eu ainda era nova não sabia o que acontecia. Minha mãe, pobre coitada, veio a adoecer, acabou ficando ruim da cabeça. Nenhum curandeiro ajudava. Acho que a perda do seu amado a fez muito mal. Foi a primeira vez que senti MEDO! Tive que aprender a me virar cedo. Sempre fui muito bela e os homens não me davam sossego, homens que antes me respeitavam por conta do meu pai... Sem ele as coisa ficaram piores a cada dia.
Lembro-me como se fosse ontem, um dia estava procurando algo para levantar moedas e poder então comprar cereais para alimentar minha mãe, pois ninguém a ajudava. As leis Zingaras não amparam mulheres esquecidas pelos céus. Eu estava lá pedindo serviço numa suja estalagem, quando um homem gordo e de aspecto horrível me agarrou... Novamente o medo tomava conta de mim. Tentei fugir dele, mas era difícil, apesar de seu porte grande ele era ágil, e eu nunca fui do tipo atlética. Até que, para minha surpresa, fui ajudada pela pessoa menos esperada. Havia uma velha a qual todos temiam, falavam que ela era uma bruxa ou algo do tipo, eu particularmente nunca acreditei nisso.. Ela me pegou pelo braço e me puxou para dentro de sua casa no instante em que passei pela porta. Não sei se ela me esperava, ou se sabia, mas agradeci aos céus por isso. O homem, como temia a velha, foi embora.
Nesse dia conheci quem seria a minha maior e única amiga. Celina era seu nome, ela residia em uma pequeno vilarejo, fronteiriço com as montanhas Poitainianas, chamado Minoria. Talvez a única pessoa verdadeira desse mundo. Com ela descobri que vivia em meio a mentiras. Meu pai havia me tirado do colo de uma provável mãe, esposa de algum homem que ele havia matado como vingança por terem matado sua verdadeira pequena filha. Por um tempo senti raiva dele, mas depois vi que apesar de tudo ele foi um bom homem e um bom pai. Resolvi ir a fundo em tudo, e descobri para quem ele trabalhava e quem era o possível responsável pela sua morte. Foi então que me deparei com o medo novamente. Sua morte não foi culpa de uma arma inimiga, e sim da falta de recursos de quem ele defendia. Seus homens não tinham mais amparo. Aquele nobre filho de uma vadia deixou todos a mercê da morte, e comemorou com vinho a vitória do norte da Zíngara, construída por seus guerreiros mortos.
Foi então que Celina me ajudou uma ultima vez. Ela me ajudou a enfrentar o maior medo possível, a vencer ele e tirar o que ele nos pode oferecer de melhor. Ela me ensinou um pouco sobre a arte da misteriosa feitiçaria, e de como conseguir poder para minha vingança. Um dia antes de partir de vez para sua terra natal, ela me deu sua casa para que a vendesse e juntasse moedas para cuidar de minha mãe. Além disso, um pequeno baú, com peças e acessórios incluindo pequenos pergaminhos contendo o que eu fosse precisar.
Antes de partir ela me disse uma frase, que, junto com a do meu pai, se tornou um levante em minha vida.
“Não busque a vingança, busque a sua justiça... Seja pelos meios que forem precisos, mas faça a sua justiça.”
Minha mãe faleceu, mas eu espero um dia retornar para encontrar Celina novamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário