E os background da campanha teste do Conan RPG já começaram a chegar no meu e-mail. Jogadores dedicados e estudando bem o cenário antes de começarem a criar... Gostei de ver!
Os disponibilizarei aqui pra vocês, começando pelo Zafar... Segue abaixo.
(...)
Nome: Zafar Haytham
Idade: 25 anos
Local de Nascimento: Asgalun; Província da Pelishtia (Shem)
Zafar Haytam nasceu em um lugar extremamente movimentado pelos negócios.Seu pai,Janfadar,era um revendedor de armas conhecidas pela excelente qualidade. Janfadar via em seu filho,mesmo jovem,algum gosto pelas armas,não só pelas armas em si,mas por todo o processo que envolvia a criação. Percebendo o interesse de Zafar pelo calor da forja, Jafandar o incentivou a busca deste conhecimento. Na época,existiam muitos comerciantes de armas na cidade,porém,algo despertou a atenção de Zafar. O jovem perspicaz, logo após a se tornar um pouco mais velho e conhecedor,notara que existia uma diferença grandiosa entre as armas que seu pai vendia,comparada as que os demais vendiam.
Curioso,Zafar questionou seu pai sobre este estranho fato e Janfadar lhe revelou o motivo da diferença. O velho comerciante contou sobre a grande cidade de Akbitana,a cidade do aço,famosa pelos mestres ferreiros. Nas histórias contadas por Jafandar, nenhum outro ferreiro conseguiu chegar próximo de forjar uma arma com tamanha maestria e qualidade, quanto os mestres ferreiros de Akbitana. Ele chegou ao final de sua história, revelando que um contato lhe vendia tais armas, para que ele revendesse em Asgalun. Interessado ainda mais,Zafar passou a fazer parte dos negócios da família. Para a idade que tinha, já era um ótimo forjador de armas(para a qualidade local) o que impressionava alguns comerciantes,porém,para o jovem Shemita,o que valeria a pena,seria obter o conhecimento maior sobre a forja, o que fatalmente seria impossível no recluso da cidade portuária de Asgalun.
Certo dia,Zafar perguntou ao seu pai se ele poderia,um dia,ir até a cidade do aço para aprender com os grandes mestres. Janfadar, assustado com tal questionamento, respondeu que,apesar de sua força de vontade, os grande mestres não aceitavam alunos,mas que se alguém conseguisse demonstrar seu valor como ferreiro,que talvez ele conseguisse. Zafar não se mostrou abatido pela tarefa extremamente difícil que teria,e passou a se esforçar até que seu corpo não agüentasse mais o fogo da forja. Não muito tempo depois, em dias vindouros, Janfadar chamou o seu filho,e lhe entregou uma Jambiya(uma espécie de adaga comum em shem),na qual ele pediu que Zafar a protegesse,pois ela era um tesouro para a sua família,e ele estava certo de que Zafar ja estava maduro o suficiente. Ao ver a Jambiya, Zafar notou imediatamente nomes escritos nela e, apesar de não entender ainda o que realmente era, ele aceitou a responsabilidade. Em reinos como Turan e Shem, a Jambiya simboliza a maturidade. Isso significa, que o “jovem” Shemita já não era mais tão jovem assim, afinal.
A qualidade das armas vendidas por Jafandar esmagavam seus concorrentes, o que despertava ódio e inveja em alguns viventes de Asgalun. Ele sempre soube que algo terrível poderia acontecer, e, por isso, contratava mercenários para fazer entregas. Um certo dia,Janfadar recebeu uma grande encomenda,grande o bastante pare que ele tivesse que contratar 4 ou mais mercenários para ajudá-lo. Por mais que o homem desconfiasse até da própria sombra, ele se entregou a ganância das preciosas moedas, afinal, uma grande entrega como aquela renderiam ótimos lucros. Mas o que Janfadar já suspeitava há muito tempo,infelizmente acabou acontecendo.Um dos mercenários era, na verdade, um assassino.
O assassino,bastante habilidoso,usou a mesma arma que seu pai havia lhe dado para executar rapidamente os outros 3 mercenários que estavam protegendo a mercadoria,logo,o homem se voltou contra Janfadar,lhe ferindo no peito,quase o levando a morte. Sem perceber que não havia liquidado Janfadar por completo,ele voltou suas atenções para o jovem Zafar,que era bastante habilidoso com o arco,porém não o bastante ,o homem conseguiu desarmá-lo facilmente,mas quando se preparava para executá-lo,Janfadar,gastando o resto das forças que ainda lhe sobravam,golpeou o assassino mortalmente,antes que ele pudesse tocar em Zafar.Quase sem vida,Janfadar temeu que Zafar pudesse ser acusado do crime,por ser o único sobrevivente. A lei costuma a falhar em terras Shemitas, onde muitos homens são decapitados pelos erros de seus semelhantes.
Seu pai lhe disse que ele fosse para casa,pegasse algumas moedas de prata,e fugisse para um lugar distante. As palavras de Jafandar foram ditas com rapidez, pois o homem se entregou a morte rapidamente. Desesperado,o jovem seguiu o conselho de seu pai. Chegando em casa,ele pegou algumas coisas que ele considerava de valor(inclusive sua Jambiya) e levou consigo para a zona portuária. Ele não ficou para trás para ouvir os boatos que seriam ditos a respeito desse massacre, afinal, Zafar sabia que a preocupação real de Jafandar não eram as autoridades, mas sim os homens que o conduziram ao terrível destino da morte. Usou as poucas moedas que tinha para pagar a estadia em uma embarcação mercante. Imprudente, Zafar adentrou no Galé, que não demorou a deixar a costa Asgaluniana. Ele sabia que se não fugisse da cidade pelo mar, teria que enfrentar o deserto, que fatalmente o mataria.
Poucas foram as vezes em que Zafar subiu até o convés, de fato, ele esteve ocupado demais trabalhando no banco de remos ou em outras tarefas internas do navio. O navio clandestino levava uma carga de escravos para a costa de uma terra exótica chamada Zíngara. Os infortúnios na vida de Zafar não haviam ficado em Asgalun, afinal. No entanto, o jovem, mesmo com a consciência que seria vendido como um escravo nessa terra misteriosa, pouco se preocupou com o nome de seus algozes, que riam e cantarolavam todas as noites no convés. Zafar só conseguia pensar em seu pai... A viagem fora longa. Sem moedas, sem equipamento, com pouca comida, e trabalhando diariamente... Estes foram os piores dias da vida do pobre Shemita. Tudo havia acontecido tão depressa.
Muitos dos escravos foram vendidos clandestinamente nas praias Zíngaras, antes que o navio chegasse ao porto da capital. Poucos homens em grilhões restavam quando o navio chegou de fato ao majestoso porto da cidade de Kordava, e Zafar era um deles. Na zona baixa do porto, ainda de forma clandestina, Zafar finalmente foi vendido, ou melhor, teve sua liberdade comprada. Um jovem nobre chamado de Arcadio. Preocupado com sua segurança, por motivos que não viu necessidades de revelar, Arcadio pagou uma considerável quantia pela liberdade de Zafar, com a condição de que o mesmo o protegesse sempre que solicitasse. Zafar aceitou de bom grado e ficou aliviado ao saber que não teria que trabalhar nas terras de um lorde sobre o rigor da chibata empunhada por um capataz. Arcadio conduziu Zafar pelas ruas sinuosas da capital e, alguns dias depois, o levou para o Condado de Attasia, onde ele atuaria como mercenário por um bom tempo.
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