A maioria dos jogadores, logo de cara procura inventar um personagem diferente daqueles que aparecem no livro básico. Isso nem de longe é algo ruim, serve para demonstrar como o RPG estimula a imaginação, infelizmente até demais. O fato é que muitos são apressados e nem abrem o livro e já querem ser um ogro meio-dragão vermelho leal e bom bárbaro/pisionico/mago/samurai e nem se dão conta de que as raças e classes básicas também possuem seu brilho, charme bem como as raças... Mas o que piora a situação é que às vezes esses jogadores não sabem quais as raças e classes do jogo.
Vou usar o clérigo básico como exemplo.
Em uma mesa como a minha infelizmente os jogadores pensam que o clérigo é apenas um curandeiro responsável por manter o bárbaro vivo no meio de uma luta contra um dragão vermelho grande ancião. Claro que os poderes de cura fazem parte do clérigo e que sem eles dificilmente um grupo sobreviveria a desafios maiores. Mas ser um clérigo vai muito além.
1° Para um clérigo sua maior honra é seguir a vontade dos deuses:
Imagine a divindade de seu clérigo. Quais os objetivos dela? Qual a tendência dela? Poderes? Culto? Aliados e inimigos. Imagine a si mesmo como um profeta ou missionário espalhando a vontade de sua divindade, seja ela boa ou má. Imagine-se tentando atrair devotos numa guerra política divina onde não apenas armas e magias, mas persuasão e raciocínio estão lado a lado. É claro que a campanha também varia as possibilidades de um clérigo, mas em um grupo bem centrado, você poderá converter até mesmo seus parceiros de jogo.
2° O Clérigo é a própria arma dos deuses:
Todo rei ou divindade possui um campeão. E porque não o clérigo... O SEU clérigo. Com seu treinamento pesado e o favor de sua divindade o clérigo é um combatente capaz de feitos únicos e empunhar armas de uma maneira que jamais um guerreiro ateu ou bárbaro descrente poderia fazê-lo. Seus poderes de domínio, poderes concedidos, talentos divinos e de exorcismo o transforma na verdadeira vontade de sua divindade, seja ela da guerra ou da paz. Mas isso é só o começo, classes de prestigio como o devoto da guerra transformam um clérigo em uma verdadeira maquina de combate capaz de auxiliar um exercito inteiro, ou então um exorcista sagrado transforma o clérigo em uma luz divina capaz de aniquilar mortos vivos mais terríveis e não só isso com os talentos certos expulse e destrua demônios e diabos do livro dos monstros.
3° Nunca subestime o valor de um clérigo no seio da campanha:
As situações mudam e com elas seus personagens e os locais que eles passam e mudam vidas para o bem ou para o mal. Logicamente nenhum mundo é estático e esta em constante mudança. Então às vezes você que salvou ou destruiu uma vila ao voltar encontra os sobreviventes adorando sua divindade seja por gratidão ou por medo. Uma coisa que os clérigos têm de único são as intervenções divinas, sejam por revelação, seja por auxilio direto, elas podem mudar o rumo da campanha então use e abuse de sua interpretação.
4° O clérigo é rico em interpretação:
Sábio, devoto, Obstinado, Implacável e resoluto em sua adoração. E isso pode atrair bem como afastar pessoas então meça bem sua interpretação e o sucesso aguarda seu clérigo. Mas lembre-se como devoto de uma divindade às vezes terá de ceder de sua vontade para cumprir a dela então o jogador terá de ter a disciplina necessária para encarar esta classe bem como qualquer uma das outras.
Esses poucos pontos que levantamos aqui mostram como uma classe básica pode ser diferente ou até mesmo única. O seu clérigo poderá se tornar o único de toda a sua ordem e não precisará ter poderes cósmicos semi-fenomenais que cabem dentro de uma lampadazinha.
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