sexta-feira, 13 de junho de 2014

OS CAVALEIROS DAS ONDAS

Informação útil e resumida sobre as personalidades mais frequentemente encontradas em uma campanha marítima.



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PERSONALIDADES DO OCEANO

Esta seção apresenta as personalidades genéricas mais importantes e destinadas a fornecer oposição e interação aos personagens.

Capitães Mercantes:
O Povo comum diz que a diferença entre um capitão mercante e um capitão pirata é uma questão de oportunidade. Eles não estão longe de serem errados. A maior parte dos capitães que velejam em um navio legítimo, uma vez ou outra, passam por um navio pirata. Em alguns casos, esse tempo pode ser gasto em um convés comum. Todos são marinheiros habilidosos que podem guiar um navio em águas turbulentas.
Capitães mercantes podem aparecer em histórias como comandantes de navios que os personagens desejam saquear. Eles trabalham duro para manter a reputação de gente decente, apesar de seus envolvimentos anteriores com os piratas. Eles lideram equipes pequenas, pois costumam viajar com muitas cargas no compartimento, embora isso muitas vezes signifique que eles não possuem o número suficiente para resistir a um ataque.

Capitães Navais:
Capitães navais quase nunca possuem um histórico pirata. Em vez disso, são nobres e soldados, servindo aos seus povos. Muitas vezes, eles carregam a bandeira vermelha da guerra, bem como, a represália por atos de pirataria. Capitães navais, embora não sejam marinheiros tão capazes quanto seus inimigos piratas, são excelentes adversários. Piratas normalmente possuem equipamentos superiores e são mais bem treinados para este fim. Como alternativa, os personagens podem começar como guardas navais e rumarem para glória e fama em uma embarcação pirata.
Navios de guerra abrigam grandes equipes de marinheiros e soldados. Estas equipes raramente entram em motim. Geralmente, os seguidores pessoais do capitão são os oficiais dos navios, embora alguns oficiais podem ser leais a outro comandante a bordo, por algum outro propósito. Um capitão geralmente tem entre uma e três unidades de guardas navais sob seu comando. Navios Estígios enviados pelos grandes templos geralmente não têm um sacerdote ou um feiticeiro a bordo. Se acontecer, nesses casos, o feiticeiro não deve obedecer ao capitão.

Capitães Piratas:
Capitães piratas não são muito diferentes dos seus rivais comerciantes. Eles começam a vida como marinheiros e buscam uma vaga em qualquer navio, legítimo ou não. No entanto, quando chega o momento de assumir seu próprio navio, eles escolhem um caminho diferente. Ao invés do dinheiro oferecido pelos portos, eles buscam o ouro no sangue e na carnificina. A tensão deste caminho lhes dá uma vantagem sobre seus ex-companheiros, uma vantagem que se traduz em uma habilidade superior e equipamentos para a invasão.
Um navio pirata geralmente requer uma grande equipe. Apenas os seguidores pessoais do capitão são considerados retentores leais. Os outros são piratas desalinhados, susceptíveis ao motim no primeiro sinal de problemas. Capitães não alinhados tendem a desaparecer de repente. Estes não costumam durar muito.

PERSONALIDADES DA TERRA FIRME

As seguintes personalidades podem interagir com os personagens durante suas breves estadias na terra firme.

Milícia e Guardas Locais:
Milícias e os guardas locais gastam parte do seu dia em treinamento com armas. Embora eles não tenham a experiência em combate que os mercenários, eles compensam com o peso dos números. Eles também possuem uma tendência em usar armas de longo alcance. Quando não estão ativos como membros da milícia, geralmente possuem empregos secundários (quase sempre ligados a agricultura), a fim de sustentarem suas famílias. Eles só pegam em armas quando patrulham suas áreas. A menos que tenham um líder hábil, eles só vão lutar até a morte se forçados, para protegerem suas famílias.
A maioria das milícias tem, pelo menos, um sargento (soldado de terceiro nível) que organiza as defesas. Milícias com mais de cem membros, exigem um sargento veterano (soldado de quinto nível). Este soldado pode ter feridas que o impedem de lutar, ou pode pegar em armas e partir para o ataque direto junto com seus homens.


Aldeões:
Aldeões são praticamente os mesmos em todo o mundo. Estas pessoas vivem de forma simples, sem encontrar muita violência. Quando a maré vermelha da guerra derrama sobre eles, lutam da melhor forma possível, mas morrem às centenas nas mãos de combatentes bem equipados. Na verdade, alguns mercenários consideram matar aldeões um esporte, e certamente isso implica em muito menos riscos do que se envolver com guerreiros treinados em batalha.
Se tiver oportunidade, a maioria dos aldeões foge em vez de se envolverem numa batalha campal. Eles sempre podem reconstruir suas casas, desde que eles tenham posse pra isso. Se pegos de surpresa, lutam com as poucas habilidades marciais que possuem.
Muitos piratas chegam a acordos com cidades e aldeias, mesmo de pequeno porte. Em troca de não serem queimados ou assassinados, eles forçam a aldeia a fornecer comida de graça nos portos, sempre que solicitado. Estes acordos protegem a vila da tripulação, mas não se estendem as outras ameaças.
Vilas simples têm 80% de chance de serem lideradas por um plebeu (nível 1d8+1). Os outros 20% são as vilas que são lideradas por uma das classes favorecidas. Este líder tentará lidar com os piratas, ou oferecer auxílio antes de se envolver em batalha.

TRIPULAÇÕES

As tripulações descritas abaixo representam o curso normal de personagens encontrados em vários tipos de navios.

Tripulação Mercante:
Tripulações Mercantes em todo o mundo navegam em alto mar, tentando transportar mercadorias de um porto para o outro, sem esbarrar com uma embarcação pirata. Esses homens trabalham duro para saber que seus irmãos marinheiros os consideram uma presa.
Marinheiros mercantes não fazem a maioria do seu trabalho portando armas ou armaduras. Em vez disso, eles se vestem de forma confortável, geralmente em camisas e calças ajustadas. Quando avistam um navio pirata, eles se armam, seja para não se entregarem facilmente ou para se desvencilhar e escapar dos lobos do mar.
Mercantes não Argosseanos são um pouco menos qualificados como marinheiros, mas podem ser combatentes eficazes. As tripulações das terras do sul têm uma mistura de bárbaro com membros de tripulação pirata, o que garante uma unidade de combate um pouco mais capaz.
A maioria da tripulação mercante luta até a morte, já que sabem que um destino pior os aguarda com a rendição. Eles não são, no entanto, particularmente leais ao capitão.

Tripulação Naval:
Navios de guerra, ao contrário das crenças populares, não são altamente tripulados com um grande número de combatentes altamente qualificados. Em vez disso, o navio naval médio tem uma grande equipe de marinheiros, e uma equipe núcleo de guardas especialmente treinados. Somente estes guardas combatem e defendem a embarcação de outros navios.
Essa unidade de guardas normalmente é melhor treinada e equipada do que os piratas. Eles podem ter escudos para repelir setas e usam arcos. Eles também consideram que os marinheiros são dispensáveis, afinal, há muito mais do que o número de marinheiros necessário para fazer um navio naval funcionar. A grande maioria dos guardas também pode atuar como marinheiros, embora eles não prefiram.
Quando um navio naval envolve um navio pirata num combate, os guardas carregam o peso do trabalho. Usando suas armaduras, e portando armas, eles avançam contra os navios inimigos. Ao defender um navio, os marinheiros são forçados a ficarem nas linhas de frente, usando arcos para infligir danos terríveis sobre seu atacante, antes que o combate se torne corporal.
Os personagens podem muito bem começar suas aventuras no oceano como marinheiros que trabalham para uma unidade da marinha, ou mesmo como aspirantes a guardas em treinamento para caçar piratas.

Tripulação Pirata:
Piratas navegam nas ondas, invadindo e saqueando a vontade. Alguns até mesmo vão para o alto-mar, na esperança de encontrarem riquezas incalculáveis em ilhas e continentes perdidos. Eles são mestres do vento, e vivem na liberdade que os homens civilizados só conhecem em seus sonhos.
Uma tripulação pirata, normalmente, tem entre 80 e 120 homens, a maioria dela bem equipada. Eles recebem remuneração baseada nos saques, um homem morto não recolhe nada. A tripulação pirata é quase sempre liderada por um capitão pirata da nacionalidade correspondente. Todo capitão possui seus oficiais, que são chamados de Vassalos Leais em algumas culturas. Ocasionalmente, um aventureiro ou mercenário com pouca experiência no mar assumirá um navio, mas essas pessoas raramente duram por muito tempo.
Muitas das tripulações piratas fogem, ao perceberem que estão entrando em um combate difícil. E, apesar de sua lealdade a um capitão, as chances de motim são muito mais frequentes do que em qualquer outra tripulação. Um capitão que tenha desempenhado uma má atuação com relação a guiar sua tripulação ao ouro e a pilhagem, cedo ou tarde será jogado ao mar para alimentar os tubarões.

Variação - Tripulação Corsária (Os bárbaros dos mares):

Uma variação destes, são os corsários. Os famosos bárbaros do mar, que mancham com o sangue inocente as águas dos grandes oceanos. Os corsários, tripulantes oriundas de tribos bárbaras, normalmente navegam em Galés, grandes navios a remos. Tambores marcam a sincronia dos bancos de remo, que conduzem estes navios pelo mar. Eles geralmente não têm a disciplina para lutar em formações, o que faz com que invadam inconsequentemente as embarcações inimigas em multidão.
Os bárbaros dos mares costumam evitar se distanciarem muito de onde nasceram, devido a falta de experiência com as ondas.
Estes piratas tendem a navegar apenas na borda das águas costeiras, evitando o alto mar, onde sua falta de habilidade pode se virar contra eles. Atacam aldeias costeiras e, em seguida, vendem as mercadorias saqueadas para qualquer um que deseje comprá-las.
Capitães corsários tentam minimizar ao máximo as perdas dos inimigos, para que possam maximizar seus lucros no comércio de escravos.

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